Memória de um tempo presente sobre o amor animal
DOI:
https://doi.org/10.24215/16696581e237Palavras-chave:
igualdade, natureza humana, violência, amor, animalidadeResumo
No presente ensaio, tentaremos entender em que medida a tradição filosófica galgada no princípio de igualdade, atrelado à noção de natureza humana, teria paulatinamente conduzido à justificação e, até mesmo, à fundamentação da desconsideração ético-política do animal e da animalidade. Mais precisamente, a partir de uma perspectiva que interpreta os estudos de Michel Foucault acerca do cuidado de si no período socrático-platônico, sob a luz [A] das análises de Jean-Pierre Vernant no que concerne às diferenças entre a Antiguidade arcaica e a clássica e [B] das reflexões de Judith Butler a propósito da violência moral, indicaremos de que modo a emergência filosófica do princípio de igualdade teria influenciado na estruturação de uma dinâmica moralista que violenta explícita ou implicitamente o animal e, com ele, todos e todas que se distinguem biológica ou eticamente das normas que descrevem o ser humano e que prescrevem a sua humanidade. O nosso artigo é constituído por quatro partes que marcam a temporalidade da questão animal e que manifestam sua urgência no presente histórico. Através da narração de possíveis articulações entre o presente e o passado, buscamos diagnosticar os limites antropocêntricos da filosofia ético-política e, ao mesmo tempo, vislumbrar relações não-antropocêntricas entre humanos e animais.
Downloads
Referências
Butler, J. (2005). Giving an Account of Oneself. New York, United States: Fordham University Press.
Butler, J. (1997). The psychic life of power: theories in subjection. California, United States: Stanford University Press.
Chebili, S. (1999). Figures de l’animalité dans l’œuvre de Michel Foucault. Paris, France : L’Harmattan.
Custer, O. (2009). Se dire humain : violence et responsabilité. In : Monique David-Ménard (Dir.). Sexualités, genres et mélancolies : s’entretenir avec Judith Butler (pp.37-61). Paris, France : Campagne Première.
Despret, V. (2009). Rencontrer un animal avec Donna Haraway. Critique : Libérer les animaux ?, LXV (747-748), 745-757.
Diogenes Laertius (1972). Live of Eminent Philosophers (Trad. R.D. Hicks). Cambridge, England: Cambridge University Press.
Engberg-Pedersen, T. (1990). The Stoic Theory of Oikeiosis. Aarchus, Denmark: Aarchus University Press.
Foucault, M. (2011). A coragem da verdade (Trad. Eduardo Brandão). São Paulo, Brasil: Martins Fontes.
Foucault, M. (2010). A hermenêutica do sujeito (Trad. Salma Tannus Muchail e Márcio Alves da Fonseca). São Paulo, Brasil: Martins Fontes.
Foucault, M. (2001). Dits et Écrits II. 1976-1988. Paris, France : Gallimard.
Foucault, M. (2012). História da sexualidade 2 – O uso dos prazeres (Trad. Maria Thereza da Costa Albuquerque). São Paulo, Brasil: Graal.
Foucault, M. (2008a). Nascimento da Biopolítica (Trad. Eduardo Brandão). São Paulo, Brasil: Martins Fontes.
Foucault, M. (2008b). Segurança, Território, População (Trad. Eduardo Brandão). São Paulo, Brasil: Martins Fontes.
Freud, S. (2011). O mal-estar na civilização (Trad. Paulo César de Souza). São Paulo, Brasil: Companhia das letras.
Goldin, O. (2001). Porphyry, Nature, and Community. History of Philosophy Quarterly, 18 (4), 353-371. Retrieved from http://www.jstor.org/stable/27744898.
Hierocles (2009). Hierocles the Stoic: Elements of Ethics, Fragments and Excerpts. Boston, United States: Brill.
Labarrière, J-L. (2000). Raison humaine et intelligence animale dans la philosophie grecque. Terrain : Les animaux pensent-ils ? (34), 107-122. Consulté en ligne http://journals.openedition.org/terrain/996. Doi : 10.4000/terrain.996.
Nietzsche, F. (2012). A Gaia e a Ciência (Trad. Paulo César de Souza). São Paulo, Brasil: Companhia das Letras.
Platão (2006). A República: ou Sobre a justiça, diálogo político (Trad. Ana Lia Amaral de Almeida Prado). São Paulo, Brasil: Martins Fontes.
Preciado, P. (le 26 septembre 2014). Le féminisme n’est pas un humanisme. Libération. Consulté en ligne : https://www.liberation.fr/chroniques/2014/09/26/le-feminisme-n-est-pas-un-humanisme_1109309.
Vernant, J-P. (2011). L’individu, la mort, l’amour : soi-même et l’autre en Grèce ancienne. Paris, France: Gallimard.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
La aceptación de un original por parte de la revista implica la cesión no exclusiva de los derechos patrimoniales de los/as autores/as en favor del editor, quien permite la reutilización, luego de su edición (postprint), bajo una Licencia Creative Commons Atribución-NoComercial-CompartirIgual 4.0 Internacional (CC BY-NC-SA 4.0)
Acorde a estos términos, el material se puede compartir (copiar y redistribuir en cualquier medio o formato) y adaptar (remezclar, transformar y crear a partir del material otra obra), siempre que a) se cite la autoría y la fuente original de su publicación (revista y URL de la obra), b) no se use para fines comerciales y c) se mantengan los mismos términos de la licencia.
La cesión de derechos no exclusivos implica que luego de su edición (postprint) en Question las/os autoras/es pueden publicar su trabajo en cualquier idioma, medio y formato; en tales casos, se solicita que se consigne que el material fue publicado originalmente en esta revista.
Tal cesión supone, también, la autorización de los/as autores/as para que el trabajo sea cosechado por SEDICI, el repositorio institucional de la Universidad Nacional de La Plata, y sea difundido en las bases de datos que el equipo editorial considere adecuadas para incrementar la visibilidad de la publicación y de sus autores/as.
Asimismo, la revista incentiva a las/os autoras/es para que luego de su publicación en Question depositen sus producciones en otros repositorios institucionales y temáticos, bajo el principio de que ofrecer a la sociedad la producción científica y académica sin restricciones contribuye a un mayor intercambio del conocimiento global.